terça-feira, 15 de abril de 2014

Esportes de contato aumentam o risco de mal de Parkinson



Especialistas afirmam que há relação entre socos repetitivos na cabeça e a maior ocorrência da doença entre os lutadores

A propagação de esportes de contato como o boxe e o MMA pode aumentar os casos de mal de Parkinson. Especialistas afirmam que há uma relação entre o impacto repetitivo de chutes e socos na cabeça com o fato de doenças neurodegenerativas - como mal de Alzheimer, demência do pugilista e mal de Parkinson - serem mais recorrentes e surgirem mais precocemente entre lutadores.
Os casos mais notórios são os de Muhammad Ali, um dos maiores pugilistas da história e que atualmente sofre com os tremores característicos do mal de Parkinson, e do brasileiro Maguila, que enfrenta o mal de Alzheimer desde os 52 anos de idade.
Ainda não se sabe exatamente o que causa o mal de Parkinson. Na população em geral, a doença acomete 1% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. “Não é que o boxe e o MMA provoquem o mal de Parkinson, mas há estudos que mostram uma relação entre o impacto e a maior ocorrência da doença”, explica Alessandra Gorgulho, neurocirurgiã e coordenadora do HCor Neuro.
Eletrodos na cabeça
Alessandra afirma que a cirurgia que implanta eletrodos no cérebro do paciente com Parkinson tem se mostrado mais eficiente que a medicação. Com a ação dos eletrodos, ocorre uma espécie de “reboot” no sistema de neurônios avariados e as conexões entre as células cerebrais são moduladas. A estimulação elétrica cerebral é reversível: quando a estimulação por eletrodos é interrompida, encerram-se os efeitos no cérebro.
“Estudos recentes mostraram que a cirurgia precoce é muito indicada. Ela traz o paciente dez anos de volta ao que era. Embora a cirurgia não tenha efeito protetor, já que outros neurônios podem apresentar problemas, ela devolve qualidade de vida principalmente para pacientes que apresentam rigidez muscular e dificuldade de locomoção”, diz. Para casos mais avançados da doença, a cirurgia não tem resultado satisfatório.
A cirurgia precoce é um dos desafios para os pacientes com mal de Parkinson já que, normalmente leva-se até quatro anos para que o neurologista tenha o diagnóstico preciso da doença. Nos sete anos seguintes da doença, ocorre a chamada fase honeymoon, quando o paciente tem controle quase completo dos sintomas parkinsonianos apenas com medicação e fisioterapia. As limitações começam a surgir geralmente após esse período e os sintomas se tornam mais difíceis de serem controlados. “Porém vimos que é exatamente neste período de honeymoon que obtemos o melhor resultado nas cirurgias”, disse.
Na cirurgia, os eletrodos são inseridos em pontos mais que milimetricamente calculados. Uma máquina no formato de um halo em volta da cabeça do paciente marca exatamente o ponto onde a população de neurônios com dados deverá ser estimulada. Existem hoje mais de cem mil paciente implantados para esse tipo de doença no mundo e, de acordo com Alessandra, o incidência de hemorragias é de apenas 0,5% por eletrodo.
Uma dificuldade apontada por Alessandra para a difusão do procedimento é a falta de centros no País com a tecnologia necessária. “Que eu saiba, tem apenas em São Paulo, Goiânia, Florianópolis e no Rio Grande do Sul”, disse.
Referência: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-04-05/esportes-de-contato-aumentam-o-risco-de-brmal-de-parkinson.html

Alto consumo de álcool acelera em seis anos a perda de memória

Estudo realizado com pessoas de meia idade mostrou que houve declínio precoce de memória, dificuldade de executar tarefas e problemas na fluência verbal

Consumo exagerado de álcool acelera perda de memória
Homens de meia idade que mantêm alto consumo de bebidas alcoólicas podem apresentar perda de memória antecipada em seis anos. Estudo realizado com um grupo de mais de sete mil pessoas, com média de idade de 56 anos, mostrou que aqueles que ingeriam mais de 36 gramas de álcool por dia - ou mais de duas latas e meia de cerveja, ou duas taças e meia de vinho, ou 100 ml de destilado - apresentaram antecipadamente perda de memória e problemas em outras funções cognitivas, como a execução de tarefas cotidianas e fluência verbal.
O estudo comparou os resultados de duas baterias de testes cognitivos realizados ao longo de dez anos. De acordo com Severine Sabia, pesquisadora do departamento de Saúde Pública da University College London e autora do estudo publicado no periódico científico Neurology, a comparação mostrou que houve “notável” declínio de todas as funções cognitivas em todos os grupos de alto consumo de álcool.
“Os mecanismos que associam o consumo de álcool e a perda de memória são complexos. A hipótese principal está no fato de o consumo abusivo de álcool estar ligado ao maior risco de doença vascular, que, por sua vez, pode aumentar o risco de comprometimento cognitivo. Além disso, o consumo excessivo de álcool tem efeitos no curto e longo prazo prejudiciais para o cérebro”, disse Severine Sabia.
A médica psiquiatra brasileira Camila Magalhães Silveira, da Unidade de Dependência Química do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, explica que além da relação cérebro-doença vascular, o álcool age diretamente no cérebro de duas formas. “Ele estimula neurotransmissores inibitórios da função cerebral, ocasionando uma diminuição da função cerebral. Fora isso, a ação direta do álcool na célula promove uma desidratação nas células, prejudicando neurônios de determinadas áreas do cérebro, como aqueles ligados à memória”, disse.
Camila, que não participou da pesquisa, afirma ainda que os resultados dos estudos realizados no Reino Unido não a surpreenderam. “Você nota isso no dia a dia. Geralmente essas pessoas se queixam de falta de memória. Cinquenta e seis anos é uma idade precoce para isto aparecer, mas não é o tipo de caso que não se encontre por aí”, disse.
O estudo também mostrou que não houve diferença no que se refere à memória e funções cognitivas entre o grupo de abstêmios e o de pessoas de consumo baixo ou moderado de álcool. “É sabido que o consumo baixo ou moderado pode ser benéfico para o coração, e o que é bom para o coração é bom para o cérebro. Porém, se aumentar a dose, o quadro muda”, disse Severine.
A pesquisadora afirma que ainda é preciso fazer mais estudos com mulheres para saber como o alcool atinge a memória delas. No estudo, no caso das mulheres, o  alto consumo de álcool (mais de 19 gramas de álcool por dia para elas) foi associado não à perda de memória mas ao declínio da execução de funções. “É preciso fazer mais estudos com mulheres. Acredito que este resultado pode estar relacionado ao baixo número de mulheres que consumem muito álcool, o que reduz a chance de encontrar uma associação”, disse. 
Referência: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-01-16/alto-consumo-de-alcool-acelera-em-seis-anos-a-perda-de-memoria.html

Cientistas holandeses conseguem destruir memórias indesejáveis

Pesquisa que usou terapia de eletrochoque apagou lembrança criada em pacientes; mesmo se eficácia de técnica for comprovada, ainda restam dúvidas sobre as implicações da prática

Pesquisadores holandeses podem ter encontrado uma forma de apagar memórias indesejadas - uma façanha que até agora parecia ser restrita a filmes de ficção científica.
Um novo experimento da Radboud University Nijmegen sugere que pode ser possível destruir memórias específicas do cérebro com a ajuda da terapia eletroconvulsiva ou de eletrochoques - tratamento psiquiátrico que conta com a aplicação de correntes elétricas no cérebro, provocando uma convulsão temporária.
A terapia eletroconvulsiva, realizada normalmente em pacientes sob anestesia, é usada como tratamento psiquiátrico há mais de 75 anos, mas costuma ser vista como "desumana" e "antiquada".
Na Holanda, a prática é usada frequentemente como último recurso para tratar distúrbios como a depressão aguda.
Para deixar a experiência o mais confortável possível para o paciente, os médicos usam relaxantes musculares e anestésicos.
Mas para este estudo específico, os médicos usaram a técnica para destruir memórias que foram "construídas" em pessoas que já faziam tratamentos eletroconvulsivos.
Sem lembrançasOs pacientes recebiam dois grupos de fotografias, cada um deles contando uma história diferente. Logo antes da sessão de eletrochoque, eles tinham que observar uma das duas histórias novamente, para reativar aquela memória específica.
Os resultados da experiência foram impressionantes. Logo após o tratamento, eles haviam esquecido a história do grupo de fotos que tinham acabado de ver, pela segunda vez.
A memória da outra história - que só havia sido vista uma vez - não foi afetada pela corrente elétrica.
"Não me lembro. Sei que eles me mostraram alguma coisa, mas não lembro o que era", disse à BBC a holandesa Jannetje Brussaard-Nieuwenhuizen, que faz terapia de eletrochoque desde 1969 para tratar da depressão e participou do estudo.
Seu depoimento encorajou os pesquisadores. Eles esperam que o estudo possa eventualmente ajudá-los a tratar distúrbios como o transtorno do estresse pós-traumático.
Mesmo se a eficácia da técnica for cientificamente comprovada, ainda restam dúvidas sobre as justificativas e implicações de uma prática capaz de destruir memórias.
Os pesquisadores também ressaltam que o estudo foi feito com memórias artificiais, mas as conexões profundas que existem sob as memórias reais podem ser mais difíceis de apagar.
    Referência: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-02-11/cientistas-holandeses-conseguem-destruir-memorias-indesejaveis.html

    Pesquisadores descobrem por que autismo é mais comum em meninos

    Estudo mostrou que o cérebro feminino requer alterações mais extremas que o masculino para produzir sintomas da doença

    Um estudo conduzido por pesquisadores suíços e americanos descobriu que o cérebro das mulheres tolera um maior número de mutações genéticas até apresentar os sintomas de distúrbios do desenvolvimento neurológico, como o autismo. Esta espécie de “modelo protetor”, de acordo com os autores do estudo, explica o fato de o autismo ser mais comum em homens que em mulheres. Eles representam 80% da incidência da doença.

    A incidência de autismo em meninos é quatro vezes maior que em meninas
    De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), distúrbios de desenvolvimento neurológico - como eficiência intelectual, distúrbio específico de linguagem, transtorno de déficit de atenção, hiperatividade, epilepsia e autismo -  afetam uma em cada seis crianças em países industrializados. Estudos mostram que há de 30% a 50% mais meninos que sofrem destas doenças do que as meninas.
    "Este é o primeiro estudo que demonstra uma diferença em nível molecular entre meninos e meninas no que se refere ao desenvolvimento de uma deficiência neurológica", disse em um comunicado o autor do trabalho, Sébastien Jacquemont, pesquisador do Hospital da Universidade de Lausanne, na Suíça. "O estudo sugere que há um nível diferente de robustez no desenvolvimento do cérebro, e as meninas parecem ter uma vantagem clara."
    Para avançar na compreensão da diferença de gênero, Sébastien Jacquemont juntamente com Evan Eichler, da Universidade de Washington, em Seattle, compararam a frequência de alterações genéticas em cerca de 16 mil crianças com transtornos do desenvolvimento neurológico.
    A análise mostrou que as meninas diagnosticadas com alguma disfunção do desenvolvimento neurológico ou transtorno do espectro autista tiveram um número muito maior de mutações, o que demonstra que o cérebro feminino requer alterações mais extremas que o masculino para produzir os sintomas.
    Vamos com calmaO psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, Guilherme Polanczyk, concorda que existe sim uma questão de gêneros neste assunto. “Sem dúvida há uma questão de sexo nisto. O próprio autismo e o TDAH [transtorno do déficit de atenção com hiperatividade] é mais comum em meninos. Mas, após a puberdade, distúrbios de ansiedade e depressão ficam mais comuns em mulheres. Acho que temos um caminho aí que pode nos levar a boas descobertas”, disse.
    Polanczyk afirma, no entanto, que embora os dados mostrem que as meninas apresentavam mais mutações para manifestarem os sintomas dos distúrbios, o “modelo protetor” é ainda apenas uma especulação. “Acho a explicação plausível, mas ainda é preciso fazer mais replicações deste tipo de estudo para ter certeza”.

    Referência: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-02-27/pesquisadores-descobrem-por-que-autismo-e-mais-comum-em-meninos.html



    11 curiosidades sobre o cérebro dos animais

    O cérebro é um dos órgãos mais fascinantes de qualquer organismo. Afinal, sua função é basicamente ser um pequeno computador com o poder de comandar tudo o que o corpo irá fazer. Nos animais, ele pode ser formado por pequenos grupos de neurônios ou chegar a níveis altos de complexidade, como os da nossa própria espécie. Para você entender melhor este misterioso órgão, separamos 11 curiosidades sobre animais que têm, provavelmente, os cérebros mais estranhos do mundo todo. Olha só: 1. Aranhas que têm parte do cérebro nas pernas
    Que as aranhas têm cara de perigosas a gente já sabe. A surpresa é que algumas espécies têm cérebros tão grandes que eles se “espalham” para as pernas. Opa, como assim? Bem. Independente do tamanho, todas as espécies de aranha têm que executar o mesmo conjunto básico de tarefas. Como algumas são bem complexas, tipo construir teias, as células cerebrais necessárias não cabem na “cabeça” e precisam ficar alojadas em outras partes do corpo. Segundo o Smithsonian Tropical Research Institute (STRI), o sistema nervoso central das menores aranhas do mundo pode preencher até quase 80% de suas cavidades corporais e cerca de 25% de suas pernas.
    2. Sanguessugas com 32 cérebros
    Você tem nojo dessas criaturas. Mas não pode negar que elas sejam úteis para a medicina. Sanguessugas são usadas para chupar o sangue em casos indesejados de parasitas e para ajudar a limpar feridas infectadas. Mas, além disso, elas são criaturas fascinantes: têm cinco pares de olhos, 300 dentes e…32 cérebros. Na verdade, tecnicamente é apenas um, mas na prática ele é formado por 32 gânglios.

    3. Lulas gigantes que se alimentam pelo cérebro
    As lulas gigantes estão, com certeza, entre os animais mais misteriosos do planeta. Afinal, a espécie nunca foi capturada ou estudada viva. Uma das bizarrices do animal é que ele precisa morder seus alimentos em pedaços relativamente pequenos. Isso porque, uma vez que eles são engolidos, precisam passar pelo cérebro (que tem o formato de uma rosquinha) para chegar ao esôfago. E apesar do tamanho colossal, as lulas gigantes têm cérebros incrivelmente pequenos. Steve O’Shea, pesquisador do Universidade de Tecnologia de Auckland, conta que uma lula gigante masculina, por exemplo, tem o desafio de coordenar 150 quilos de peso, 10 metros de comprimento e um pênis de 1,5 metro (!) com um cérebro minúsculo de apenas 15g.

    4. Formigas zumbis com fungo no cérebro
    Sim, é isso mesmo que você leu. E o importante aqui não é exatamente o cérebro dessas formigas, mas a maneira como ele reage a uma certa espécie de parasita, o fungo do gêneroCordyceps. Funciona assim: esporos microscópicos se infiltram no hospedeiro (a formiga, no caso) e o fungo começa a se alimentar dos seus órgãos não-vitais. Quando está pronto para lançar seus esporos, o Cordyceps faz uma lavagem cerebral na formiga. Crescem filamentos no cérebro do inseto e o fungo solta substâncias químicas que o forçam a escalar a planta mais próxima. Quando chegam ao topo, o fungo mata o hospedeiro e um pequeno cogumelo contendo esporos brotam de sua cabeça. Olha só (dá um pouco de agonia. Então, cuidado).

    5. e 6. Vespas e nematoides com cérebros minúsculos, mas capazes de realizar funções complexas
    Apesar de ter um corpo quase completo, com olhos, cérebro, asas, músculos e genitais, a minúscula vespa da espécie Megaphragma mymaripenne é menor que uma ameba unicelular e dona de um dos menores sistemas nervosos entre os insetos. Ele é composto por apenas 7400 neurônios. Para se ter uma ideia, uma mosca tem cerca de 340.000 neurônios e uma abelha pode chegar a 850.000. E mesmo assim, a vespa M.mymaripenne consegue voar, procurar por comida e encontrar os locais corretos para depositar seus ovos.
    Além dela, o nematoide C. elegans é outro animal com um cérebro pequeno, mas poderoso. Esse verme de apenas 302 neurônios é capaz de realizar funções de grande complexidade, mais comuns em organismos mais desenvolvidos. Por isso, cientistas estão estudando o cérebro do C. eleganspara compreender melhor alguns mecanismos básicos que facilitam comportamentos mais complexos.

    7. Ascídias que comem seus próprios cérebros
    Apesar do nome estranho, você provavelmente já ouviu falar das ascídias. Essas criaturas parecidas com pequenos sacos vivem fixadas em corais e se alimentam filtrando sua comida da água do mar. Além disso, são hermafroditas e, por isso, soltam larvas que se dispersam para encontrar lugares onde possam crescer. Nesse período larval, elas ainda são “normais”. Mas quando crescem, elas, literalmente, “perdem a cabeça”. As ascídias digerem a própria glânglia cerebral, responsável por controlar seus movimentos. O motivo? Já que os animais vão se tornar “sedentários”, pra que ter cérebro, né?

    8. Peixes com cérebros diferentes para o macho e a fêmea
    Sabe aquele papo de que as mulheres não são tão inteligentes quanto os homens? Bem, isso já foi cientificamente desmentido há um tempo. Porém, em uma única subespécie particular, a afirmação está correta. Esse peixe, que habita o Lago Mývatn, na Islândia, tem uma disparidade entre o tamanho dos cérebros femininos e masculinos. Pesquisadores especulam que o cérebro masculino pode ser maior pelo papel que os machos encaram: são eles que enfrentam a função mais desafiadora, que envolve construir os “ninhos”, realizar as danças de acasalamento e ainda cuidar dos ovos. Enquanto isso, as fêmeas precisam apenas escolher o parceiro e depositar os ovos.

    9. Pica-paus com bolsas de ar em seus crânios
    Você já parou para se perguntar como os pica-paus não acabam com danos cerebrais, depois de ficarem o dia todo bicando superfícies duras? Assim como outros pássaros, eles têm crânios muito complexos, cheios de pequenos e levíssimos ossos. Além disso, desenvolveram um mecanismo de proteção embutido que protege seus cérebros dos impactos da sua atividade. E esse mecanismo é a resposta para a pergunta do início desse parágrafo: são bolsas de ar em seus crânios que protegem o cérebro desses pássaros. É tipo um airbag orgânico.

    10. Cachorros com cérebros esmagados
    Com fama de serem uma raça amigável, os cães Cavalier King Charles Spaniels estão ficando populares lá nos Estados Unidos. O problema é que todos os “melhoramentos” da raça feitos pelos criadores nos últimos séculos criaram nestes cães uma patologia conhecida como siringomielia. Basicamente, o que acontece é que o cérebro do cão pode ficar grande demais para seu crânio. Um terço dos cachorros da raça sofre com a condição, que deve incomodar bem mais do que ter pés do tamanho 40 presos eternamente em um sapato 36.

    11. Corvídeos são extremamente espertos (mais do que você imagina)
    Os corvídeos, aquele grupo de pássaros que inclui corvos, gaios e gralhas, são muito mais espertos do que muita gente pensa. Alguns pesquisadores acreditam até que eles talvez sejam tão inteligentes quanto alguns primatas. Não acredita? Preste atenção em algumas das coisas que têm surpreendido os cientistas: eles têm memórias extraordinárias, são capazes de desenvolver raciocínio social e de elaborar e usar ferramentas. Aliás, alguns até transformam varas em “ganchos” para conseguir pegar larvas e vermes em lugares difíceis. Surpreendente, não? Segundo o pesquisador da Universidade de Cambridge, Christopher Bird (sobrenome apropriado, não?), se eles estão sendo observados, também escondem suas comidas. “Mas eles vão fazer alguns falsos esconderijos também. Como encostar o bico no chão, mas não colocar a comida. É um pouco como uma estratégia de confusão”, diz Bird.

    Referência: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/tag/sistema-nervoso/




    Traumatismos cranianos

    Os ossos do crânio, espessos e duros, contribuem para proteger o cérebro. Mas apesar desta armadura natural, o cérebro está exposto a muitas espécies de lesões. Os traumatismos cranianos causam mais mortes e incapacidades entre as pessoas com menos de 50 anos do que qualquer outro tipo de lesão neurológica; depois dos ferimentos de bala, são a segunda causa principal de morte entre os homens com menos de 35 anos. Morrem quase 50 % dos que sofrem um traumatismo craniano grave.
    O cérebro pode ser afectado mesmo que a ferida não penetre dentro do crânio. Muitas lesões são causadas por um impacte precedido de uma aceleração súbita, como acontece com uma pancada forte na cabeça, ou então por uma desaceleração repentina, como ocorre quando a cabeça se encontra em movimento e bate contra um objecto fixo. O cérebro pode ficar afectado tanto no ponto do impacte como no pólo oposto. As lesões por aceleração-desaceleração às vezes denominam-se coup contrecoup (do francês para golpe-contragolpe).
    Um traumatismo grave na cabeça pode produzir uma rompimento ou uma ruptura de nervos, de vasos sanguíneos e de tecidos no cérebro e à volta dele. As vias nervosas podem ficar interrompidas e pode ocorrer uma hemorragia ou um edema graves. O sangue, a tumefacção e a acumulação de líquido (edema) têm um efeito semelhante ao causado por uma massa que cresce dentro do crânio e, uma vez que este não pode expandir-se, o aumento da pressão pode danificar ou destruir o tecido cerebral. Devido à posição do cérebro dentro do crânio, a pressão tende a empurrá-lo para baixo, isto é, para o orifício que o faz comunicar com a parte inferior (tronco cerebral), uma situação que se conhece como herniação. Um tipo semelhante de herniação pode ocorrer quando o tronco cerebral é empurrado através do orifício da base do crânio (foramen magnum) para a medula espinhal. As herniações podem implicar um risco de morte porque o tronco cerebral controla funções tão vitais como a frequência cardíaca e a respiratória.
    Às vezes, o que pode parecer uma lesão menor da cabeça acompanha-se de uma lesão cerebral grave. As pessoas mais velhas são particularmente propensas aos derrames sanguíneos à volta do cérebro (hematoma subdural) devido a um traumatismo craniano. As pessoas que tomam medicamentos para prevenir a formação de coágulos (anticoagulantes) também estão sujeitas a um risco maior de hemorragia à volta do cérebro se sofrerem um traumatismo craniano.
    Uma lesão cerebral deixa, muitas vezes, alguma sequela de disfunção permanente, que varia segundo a limitação do dano a uma área específica (localizado) ou mais extensa (difuso). A perda de funções depende da área do cérebro que for afectada. Os sintomas específicos e localizados podem contribuir para determinar a área afectada. As alterações podem produzir-se no movimento, na sensibilidade, na fala, na vista e no ouvido. A deterioração difusa da função cerebral pode afectar a memória e o sono e conduzir a um estado de confusão e de coma.
    Prognóstico
    As consequências finais de um traumatismo craniano podem ir desde a recuperação completa até à morte. O tipo e a gravidade das incapacidades dependerão do local e da extensão do cérebro lesionado. Muitas das funções cerebrais podem ser efectuadas em mais de uma área e, às vezes, as áreas indemnes assumem as funções que outras perderam devido à lesão que afectou uma área determinada, o que permite uma recuperação parcial. No entanto, à medida que a pessoa envelhece, o cérebro perde faculdades para passar funções de uma área para outra. Nas crianças, por exemplo, as faculdades da linguagem são regidas por várias partes do cérebro, mas nos adultos estão centradas num só ponto. Se as áreas da linguagem do hemisfério esquerdo ficarem gravemente afectadas antes dos 8 anos, o hemisfério direito pode assumir a função da linguagem praticamente com normalidade. Mas na idade adulta é mais provável que as lesões destas áreas ocasionem um défice permanente.
    Algumas funções, como a visão e os movimentos de braços ou de pernas (controlo motor), são regidas por regiões específicas de um lado do cérebro e, em consequência, a lesão de qualquer destas áreas costuma causar um défice permanente. No entanto, a reabilitação pode contribuir para que a pessoa consiga minimizar o impacte desses défices funcionais.
    Às vezes, as pessoas com um traumatismo grave da cabeça desenvolvem amnésia e não conseguem recordar-se do que aconteceu imediatamente antes e depois do episódio de perda de consciência. Os que recuperam o conhecimento na primeira semana são os que mais probabilidades têm de recuperar a memória.
    Algumas pessoas com um traumatismo craniano, embora leve, desenvolvem uma síndroma pós-concussão e podem continuar a sentir dores de cabeça e problemas de memória durante muito tempo depois do trauma.
    Um estado vegetativo crónico ou persistente (a consequência mais grave de um traumatismo craniano, não mortal) caracteriza-se por um estado prolongado de inconsciência total que se acompanha de ciclos quase normais de vigília e de sono. Esta situação é o resultado da destruição das partes superiores do cérebro que controlam as funções mentais sofisticadas, mas, em contrapartida, estão preservadas as actividades do tálamo e do tronco cerebral, as quais controlam os ciclos do sono, a temperatura corporal, a respiração e a frequência cardíaca. Se o estado vegetativo persistir durante mais alguns meses, é improvável que se chegue a recuperar a consciência. No entanto, uma pessoa que receba assistência por parte de pessoal sanitário experimentado pode viver muitos anos nesta situação.
    Diagnóstico e tratamento
    Quando uma pessoa com traumatismo craniano chega ao hospital, médicos e enfermeiros verificam, primeiro, as constantes vitais: frequência cardíaca, pressão arterial e respiração. Pode ser necessário um ventilador para as pessoas que não possam respirar adequadamente por si mesmas. Os médicos procedem à avaliação imediata do estado de consciência e de memória do afectado.
    Também verificam as funções cerebrais básicas observando o tamanho das pupilas e a sua reacção à luz, avaliam a resposta ao calor ou às picadas (sensibilidade) e a capacidade para mover braços e pernas. Efectuam-se exames para avaliar possíveis lesões cerebrais, como uma tomografia axial computadorizada (TAC) ou uma ressonância magnética (RM). As radiografias simples podem identificar as fracturas de crânio, mas não revelam nada acerca de uma provável lesão cerebral.
    Depois de um traumatismo craniano, se se observa um estado crescente de sonolência, de confusão e coma, uma subida da pressão arterial e um pulso a tornar-se lento, isso pode significar que se está a verificar um aumento de volume do cérebro. Dado que a pressão por excesso de líquido pode lesar o cérebro com rapidez, administram-se fármacos para reduzir tal inchaço. Também pode implantar-se no crânio um pequeno dispositivo para controlar a pressão e poder determinar a eficácia do tratamento.
    Referência: http://www.manualmerck.net/?id=101

    quinta-feira, 3 de abril de 2014

    Por que é que algumas pessoas enjoam quando andam de barco?

    O sistema nervoso autônomo, responsável pelos movimentos involuntários do corpo, percebe o balanço da embarcação, em razão das variações consecutivas na posição do labirinto do ouvido, que comanda o equilíbrio do organismo. Isso causa uma série de alterações orgânicas, como vertigens, contração do estômago e secreção dos sucos gástricos, provocando mal-estar e vômitos.


    Referência: http://ahduvido.com.br/34-coisas-que-voce-sempre-quis-saber-ou-nao